O Escritório Federal para a Proteção da Constituição da Alemanha classificou o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) como um movimento extremista de direita, permitindo maior vigilância sobre suas atividades, incluindo o monitoramento de comunicações privadas. Segundo o órgão, a ideologia do partido desvaloriza grupos populacionais e atenta contra a dignidade humana, sendo incompatível com a ordem democrática do país. Fundado em 2013, o AfD cresceu significativamente nas últimas eleições, tornando-se a segunda maior força política da Alemanha.
A decisão gerou críticas de figuras internacionais, incluindo autoridades dos Estados Unidos e o bilionário Elon Musk, que acusaram o governo alemão de atacar a democracia e minar liberdades. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha defendeu a medida, afirmando que a história do país exige o combate ao extremismo. Líderes do AfD prometeram recorrer judicialmente, classificando a ação como uma difamação perigosa.
O debate sobre uma possível ilegalização do partido foi reacendido, especialmente após o Escritório Federal já ter colocado alas jovens e regionais do AfD sob vigilância, principalmente no leste do país. O partido é conhecido por sua postura contrária a migrantes e muçulmanos, segundo a inteligência alemã. A controvérsia reflete tensões políticas crescentes no cenário nacional e internacional.