Durante audiência na CPI das Bets, uma influenciadora digital afirmou que pode reconsiderar a promoção de casas de apostas, mas destacou que segue rigorosamente a legislação vigente em suas campanhas publicitárias. Ela questionou os senadores sobre a necessidade de proibir totalmente o setor, caso seja comprovado que ele cause danos significativos. A influenciadora também ressaltou que só trabalha com empresas regulamentadas e que inclui avisos sobre a proibição de apostas para menores de 18 anos e os riscos de vício.
A lei que regulamenta apostas esportivas no Brasil foi sancionada em dezembro de 2023, após aprovação no Congresso. A convocada negou que seus contratos incluam cláusulas que a beneficiem com perdas de apostadores e afirmou que as parcerias com casas de apostas não são sua principal fonte de renda. Ela mencionou que sua marca pessoal teve um faturamento significativo no ano passado, reduzindo a dependência desse tipo de publicidade.
A CPI das Bets, instalada em novembro de 2024, teve seu prazo estendido até junho deste ano. A audiência da influenciadora teve como objetivo coletar informações sobre o papel de figuras públicas na promoção de apostas, mas também refletiu tentativas da comissão de ganhar relevância diante de críticas por falta de foco. A convocada respondeu às perguntas normalmente, mas se recusou a detalhar valores específicos de campanhas, amparada por decisão judicial que garantia seu direito ao silêncio.