O presidente da CNI, Antonio Ricardo Alvarez Alban, criticou os custos da reforma do setor elétrico, afirmando que a indústria brasileira não aceitará ter uma das contas de energia mais caras do mundo, apesar de reconhecer pontos positivos na proposta, como benefícios para pequenos consumidores e abertura do mercado livre. Alban destacou que o aumento das tarifas é inaceitável, especialmente em um país com produção de energia barata. Durante evento em Brasília, ele reforçou que decisões tomadas sem ouvir o setor industrial elevam custos e ameaçam a competitividade.
Outro tema abordado foi a possível redução da jornada de trabalho, que, segundo a CNI, geraria custos adicionais de até R$ 88 bilhões anuais apenas para a indústria, podendo chegar a R$ 260 bilhões na economia como um todo. Alban argumentou que, sem ganhos de produtividade, a mudança seria prejudicial. O governo, no entanto, sinalizou que a pauta é prioritária, com uma PEC propondo a jornada de 4 dias de trabalho e 3 de folga.
Por fim, a CNI comemorou o avanço do projeto de licenciamento ambiental, que tramita há 21 anos no Congresso. Alban defendeu a aprovação do texto, que uniformizaria procedimentos e simplificaria licenças para empreendimentos de baixo impacto, trazendo eficiência e segurança jurídica. A expectativa é que a Câmara dos Deputados aprove a proposta, considerada essencial para a modernização da gestão ambiental no país.