As petroleiras independentes brasileiras devem registrar um desempenho operacional e financeiro robusto no primeiro trimestre de 2025, impulsionadas pelo aumento da produção e pela normalização de operações em campos estratégicos. Segundo relatórios da XP Investimentos, Bank of America (BofA) e Itaú BBA, empresas como PRIO, Brava Energia e PetroReconcavo apresentarão crescimento significativo na receita e no Ebitda em comparação com o quarto trimestre de 2024. A PRIO, por exemplo, consolidou a produção do campo de Peregrino, com alta de 25% na média diária de barris, enquanto a Brava Energia recuperou operações em Atlanta e Papa-Terra, dobrando sua produção de petróleo.
Apesar do cenário positivo, alguns desafios persistem, como preços estáveis do petróleo e dinâmicas de comercialização que podem limitar ganhos. A Brava Energia, por exemplo, ainda enfrenta alavancagem elevada, enquanto a PetroReconcavo teve um crescimento mais moderado, com alta de apenas 4% na produção. No segmento de distribuição e refino, empresas como Vibra Energia e Ultrapar devem apresentar margens estáveis ou em leve alta, compensando efeitos sazonais. A Braskem, por sua vez, mostra sinais de recuperação nos spreads petroquímicos após um trimestre fraco em 2024.
Analistas destacam que o crescimento nos volumes, a otimização de custos e a retomada operacional são os principais motores dos resultados, mas alertam para fatores externos, como políticas de dividendos e alocação de capital. Para as menores, a exposição à volatilidade dos preços internacionais continua sendo um ponto de atenção. O trimestre reforça a resiliência do setor, embora a capacidade de manter o ritmo dependa de estratégias de longo prazo e gestão eficiente de caixa.