Um voo da Lufthansa entre Frankfurt e Sevilha em fevereiro de 2024 enfrentou uma situação crítica quando o copiloto sofreu um mal súbito enquanto o comandante estava fora da cabine. O piloto havia deixado o cockpit para ir ao banheiro, e, durante os aproximadamente 10 minutos sem supervisão, o copiloto apresentou sintomas graves, como palidez e sudorese. Apesar das tentativas do comandante de reentrar na cabine, a porta só foi aberta manualmente pelo copiloto, já debilitado. O avião, com 205 pessoas a bordo, realizou um pouso de emergência em Madri.
O relatório da Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil da Espanha (CIAIAC) revelou que a ausência de um segundo tripulante autorizado na cabine atrasou a resposta à emergência. O copiloto, que possuía certificação médica válida, foi diagnosticado com um possível transtorno convulsivo, condição até então desconhecida em seus exames. A Lufthansa seguia as normas da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), que não exigiam um substituto durante ausências breves.
Como consequência, a CIAIAC recomendou que a EASA revise seus protocolos para garantir a presença contínua de duas pessoas autorizadas no cockpit. A medida visa prevenir riscos similares no futuro, reforçando a segurança operacional. O caso destacou a importância de procedimentos mais rígidos em situações imprevistas, mesmo em voos considerados rotineiros.