O governo federal interrompeu a redução escalonada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras internacionais e uso de cartões no exterior, elevando a alíquota de 3,38% para 3,5%. A medida também afeta transações em moeda estrangeira, como a compra de dólar em espécie, que passou de 1,1% para 3,5%. O objetivo, segundo o governo, é uniformizar as taxas e evitar distorções que incentivavam o uso de contas internacionais em viagens.
Embora o IOF não tenha aumentado para empréstimos e financiamentos de pessoas físicas, incluindo o cheque especial, as empresas agora pagarão até 3,95% ao ano em operações de crédito, ante o teto anterior de 1,88%. Especialistas alertam que esse custo adicional pode ser repassado aos preços, impactando a economia como um todo e, indiretamente, os consumidores. A medida também preocupa pelo potencial efeito negativo no investimento e na inovação das empresas brasileiras.
O mercado financeiro reagiu com alívio à desistência do governo de tributar fundos nacionais investidos no exterior, mas persiste a incerteza sobre novas medidas fiscais. Economistas destacam a necessidade de debater a qualidade do gasto público para evitar pressões adicionais sobre a economia. Enquanto isso, o dólar fechou em queda, refletindo a desvalorização global da moeda americana.