O governo do Rio Grande do Sul e o governo federal enfrentam um impasse sobre a atualização de projetos para utilizar os R$ 6,5 bilhões destinados a obras de proteção contra enchentes no estado. Os recursos, depositados na Caixa Econômica Federal, permanecem parados desde 2024, quando as inundações devastaram a região. O fundo, chamado Firece, foi criado para financiar diques, drenagens e outras intervenções, mas a falta de consenso sobre a execução das obras e a necessidade de revisão técnica dos projetos atrasam o início dos trabalhos.
O governo estadual assumiu a responsabilidade pelas obras após solicitação do governador, mas a magnitude das enchentes exigiu a revisão dos projetos existentes. Municípios como Eldorado do Sul e Canoas, severamente afetados, aguardam autorização para iniciar intervenções urgentes. Enquanto isso, prefeitos cobram agilidade, já que os recursos estão disponíveis e rendendo juros, mas sem aplicação prática.
O governador afirmou que as equipes técnicas estão trabalhando na atualização dos projetos para garantir que as obras resistam a eventos climáticos extremos. No entanto, não há prazo definido para a conclusão dessa etapa. A demora gera preocupação em localidades vulneráveis, onde a falta de manutenção e infraestrutura agravou os impactos das enchentes em 2024.