Uma imagem gerada por inteligência artificial, na qual um ex-presidente aparece vestido como papa, foi compartilhada em suas redes sociais e republicada pela Casa Branca, provocando reações negativas de líderes católicos. O cardeal Timothy Dolan, arcebispo de Nova York, afirmou que a postagem “não foi boa” e usou uma expressão em italiano para descrevê-la como constrangedora, embora tenha evitado comentar se o gesto merecia um pedido de desculpas. A imagem, divulgada dias após o funeral do Papa Francisco, foi considerada por alguns como uma brincadeira de mau gosto em um momento sensível para a Igreja Católica.
A publicação gerou indignação entre bispos e fiéis, especialmente no estado de Nova York, onde líderes religiosos criticaram a falta de respeito diante do luto pela morte do pontífice e da preparação para o conclave. Jornais italianos destacaram o caso, com a maioria condenando a postagem, enquanto veículos de direita a interpretaram como uma piada. Peregrinos e turistas na Praça de São Pedro também reagiram de forma dividida, com alguns achando a situação ridícula e outros defendendo que se tratava apenas de humor.
A controvérsia ressalta a tensão entre liberdade de expressão e sensibilidade religiosa, especialmente em um período de transição para a Igreja Católica. Enquanto alguns argumentam que o mundo está perdendo o senso de humor, outros veem a postagem como um desrespeito à fé e à memória do falecido papa. O episódio levanta questões sobre os limites do uso de inteligência artificial e a responsabilidade de figuras públicas ao abordar temas religiosos.