O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) apresentou uma queda inesperada de 0,01% em maio, marcando o segundo mês consecutivo de recuo após a diminuição de 0,22% em abril. O resultado foi influenciado principalmente pela redução nos preços de matérias-primas brutas, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Analistas, que esperavam um aumento de 0,17%, surpreenderam-se com a queda, enquanto em 12 meses o índice acumula alta de 7,54%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-10, recuou 0,17% em maio, após cair 0,47% em abril. A queda foi impulsionada pela redução nos preços do minério de ferro, óleo diesel e milho, refletindo a dinâmica do mercado internacional. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que corresponde a 30% do IGP-10, manteve a mesma taxa de abril, com alta de 0,42%, impulsionado por aumentos em categorias como saúde, habitação e vestuário, além da tarifa de energia elétrica residencial e do preço da batata-inglesa.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) desacelerou levemente, subindo 0,43% em maio, ante 0,45% em abril. O IGP-10 mede a variação de preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. Os dados reforçam a volatilidade dos preços de commodities e seu impacto nos índices de inflação, enquanto setores como energia e alimentação seguem pressionando os custos para o consumidor final.