O Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira com queda de 1,59%, fechando em 137.881,27 pontos, após ter alcançado um recorde histórico na véspera, ultrapassando os 140 mil pontos pela primeira vez. O movimento de realização de lucros, influenciado pelo avanço das taxas de DI e pelas quedas em Wall Street, contribuiu para o recuo. O volume financeiro atingiu R$ 22,7 bilhões, enquanto o índice acumula alta de 14,63% no ano, impulsionado pelo alívio na curva de juros local e pelo fluxo de capital externo.
A pressão externa também pesou sobre o mercado brasileiro, com o S&P 500 caindo 1,61% devido a preocupações com o aumento da dívida pública dos EUA, caso o Congresso aprove o projeto de corte de impostos proposto pelo governo. Setores sensíveis a juros, como imobiliário e varejo, lideraram as baixas, com destaque para VAMO3 (-6,6%) e MGLU3 (-4,06%). Enquanto isso, ações como RAÍZEN (RAIZ4) subiram 5,95%, impulsionadas por notícias sobre a venda de ativos de energia.
Outros destaques incluíram a disparada de GOLL4 (+35,29%), após a aprovação de seu plano de recuperação judicial nos EUA, e a queda de AZUL4 (-5,56%), pressionada pelo corte de rating pela S&P. No setor financeiro, bancos como ITAÚ (ITUB4) e BRADESCO (BBDC4) fecharam em baixa, enquanto a XP (XPBR31) avançou 0,48% após divulgar resultados sólidos no primeiro trimestre. O mercado segue atento aos desdobramentos fiscais nos EUA e no Brasil, que podem influenciar os próximos movimentos.