O Ibovespa encerrou a semana com leve alta de 0,05%, fechando em 135.133,88 pontos, após uma sessão marcada por pouca volatilidade e um giro financeiro de R$ 24,4 bilhões. Apesar do desempenho positivo acumulado desde abril, o índice mostrou hesitação, influenciado pela retração em ações de primeira linha, como bancos, e pelo movimento conservador do mercado diante da expectativa de alta nos juros futuros. Petrobras foi uma exceção, com suas ações subindo mesmo com a queda no preço do petróleo, enquanto empresas como Prio e Yduqs se destacaram no lado positivo.
O cenário externo foi mais otimista, com índices americanos e europeus registrando ganhos significativos, impulsionados pela possibilidade de negociações entre EUA e China sobre tarifas e por dados positivos do mercado de trabalho nos EUA. No entanto, o mercado doméstico seguiu uma tendência mais cautelosa, com investidores migrando para a renda fixa diante da expectativa de inflação e do possível aumento da Selic na próxima semana, que pode atingir o patamar mais alto em quase duas décadas.
Apesar da estabilidade, o Termômetro Broadcast Bolsa apontou um viés mais conservador para a próxima semana, com menos profissionais esperando altas no Ibovespa. Analistas destacam que a semana foi marcada por correções e realinhamentos, após uma sequência de ganhos, e que o alívio nas tensões comerciais globais contribuiu para reduzir prêmios de risco. O dólar recuou ante o real, mas a curva de juros doméstica avançou, refletindo a cautela do mercado local em meio a incertezas econômicas.