O Ibovespa encerrou a sessão desta quinta-feira em queda de 0,44%, fechando em 137.272,59 pontos, pressionado principalmente pelas ações da Petrobras, que acompanharam a desvalorização do petróleo no exterior. O mercado também reagiu às medidas fiscais anunciadas pelo governo, que incluem um contingenciamento de R$ 31,3 bilhões em gastos para cumprir regras fiscais e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), especialmente sobre crédito para empresas. A decisão visa arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, mas impactou negativamente o sentimento dos investidores após o fechamento da bolsa.
Inicialmente, o índice reagiu positivamente à notícia de um contingenciamento maior que o esperado, melhorando a percepção sobre a política fiscal e abrindo espaço para possíveis cortes de juros pelo Banco Central. No entanto, a confirmação do aumento do IOF no final do dia minou parte do otimismo. Setores como o de petróleo e mineração registraram quedas, com destaque para Petrobras (-1,33%), Vale (-0,75%) e TIM Brasil (-2,45%), esta última após um corte de recomendação pela XP.
Algumas empresas se destacaram positivamente, como Azul (+4,9%), que interrompeu uma sequência de seis quedas consecutivas, e Raízen (+12,36%), impulsionada por notícias sobre projetos de energia solar. No varejo, Assaí (+5,46%) subiu após o Itaú BBA elevar seu preço-alvo. O dólar encerrou em alta, a R$ 5,66, refletindo a reação ao aumento do IOF. O governo deve detalhar as medidas fiscais em breve, enquanto os investidores aguardam decisões como a dupla listagem da JBS, marcada para sexta-feira.