O Ibovespa registrou leve alta nesta terça-feira, 6, impulsionado pela recuperação do petróleo, que subiu cerca de 4%. No entanto, o avanço foi moderado pela queda das bolsas internacionais, reflexo das incertezas em torno da guerra tarifária dos Estados Unidos, do déficit recorde na balança comercial americana e da expectativa por decisões de juros do Copom e do Fed. Ações do setor petrolífero, como Petrobras e Brava, tiveram desempenho positivo, enquanto empresas como GPA, BB Seguridade e Embraer pressionaram o índice após a divulgação de balanços desfavoráveis.
O mercado também aguarda a decisão do Copom sobre a Selic, com expectativa de alta de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa para 14,75% ao ano. Paralelamente, investidores monitoram as negociações sobre a proposta de isenção do Imposto de Renda, que enfrenta resistências devido às medidas de compensação. No exterior, ADRs da Petrobras avançaram, enquanto os da Vale permaneceram estáveis, em um cenário marcado por sinais de desaceleração na China, onde o PMI composto recuou em abril.
Apesar do tímido avanço, o Ibovespa acumula ganhos em abril, com investidores estrangeiros retomando aportes na B3 na segunda quinzena do mês. Analistas projetam que a entrada de recursos externos continue, porém de forma moderada e volátil, diante do cenário global incerto. O operador Guilherme Petris, da Manchester Investimentos, destaca que a cautela do mercado é natural após um período de alívio nas tensões tarifárias.