O Ibovespa alcançou um marco histórico nesta segunda-feira (19), ultrapassando pela primeira vez os 140 mil pontos e chegando a 140.203 pontos no intraday. Apesar do fechamento em alta de 0,32%, aos 139.637 pontos, o índice apresentou um movimento de correção após bater o recorde. Analistas já projetam novos patamares, como 143,5 mil ou 145 mil pontos, mas um sinal de alerta surge com o Índice de Força Relativa (IFR) em 72,24, indicando sobrecompra — um fator que historicamente precede ajustes no mercado.
A valorização do Ibovespa tem sido impulsionada pela entrada de capital estrangeiro, atraído pelos fundamentos sólidos e atrativos dos mercados emergentes. No entanto, riscos internos, como a manutenção de juros elevados para conter a inflação, podem afetar a continuidade do rally. Do ponto de vista técnico, o índice mantém uma tendência de alta sustentada, negociando acima das médias móveis, mas o afastamento dessas médias e o IFR elevado sugerem a necessidade de cautela por parte dos investidores.
No médio prazo, o cenário também é positivo, com seis semanas consecutivas de alta e valorização de mais de 16% em 2025. A superação dos 140 mil pontos reforça o otimismo, mas o IFR próximo da zona de sobrecompra e o distanciamento das médias móveis no gráfico semanal acendem um sinal de atenção. Caso o índice perca suportes-chave, como a faixa entre 138.586 e 137.634 pontos, correções mais profundas podem ocorrer. Por outro lado, a confirmação da tendência de alta pode levar o Ibovespa a novos patamares, como 144.560 ou até 148.260 pontos.