O Ibama aprovou o Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF), apresentado pela Petrobras, para a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, a cerca de 175 quilômetros da costa do Amapá. A região abriga manguezais, recifes de corais e uma vasta biodiversidade, o que gera preocupação entre ambientalistas. A próxima etapa inclui vistorias e simulações práticas para testar a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo.
A área possui ecossistemas únicos, como os recifes da Amazônia, descobertos em 2016, e o maior cinturão de manguezais do mundo, que cobre 80% da vegetação costeira do país. Organizações como o Greenpeace alertam para os riscos ambientais, citando expedições que indicam a inviabilidade da exploração. Em 2018, uma petrolífera francesa teve licença negada pelo Ibama para operar na mesma região devido a preocupações ambientais.
Povos indígenas do Amapá também expressaram preocupação com os impactos da exploração, especialmente sobre suas terras e a fauna local. Comunidades temem que a movimentação de aeronaves e possíveis acidentes ambientais afetem seu modo de vida. O Ibama mantém o princípio da precaução, exigindo garantias de que a atividade não causará danos irreversíveis ao meio ambiente.