Um homem de 36 anos, que completaria 37 anos no último sábado (31), faleceu após ser atendido em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Rio Claro (SP). Ele procurou ajuda médica gritando de dor e relatando perda de visão, mas foi liberado com receita de colírio anestésico, pomada oftálmica e soro fisiológico. Horas depois, foi encontrado morto a dois quarteirões da unidade, com a causa do óbito identificada como edema agudo de pulmão. A família suspeita de negligência e busca respostas.
O caso está sendo investigado pela Fundação Municipal de Saúde, que afirma ter seguido os protocolos médicos, e pela Polícia Civil, que registrou o ocorrido como morte suspeita. O homem, descrito por familiares como trabalhador e brincalhão, enfrentava problemas com álcool e drogas, mas recusava internação. Ele havia se mudado para Rio Claro em 2023 e trabalhava como servente de pedreiro. A mãe, professora em Araraquara, expressou nas redes sociais seu desejo por justiça.
Este é o segundo caso recente em que um paciente morre pouco depois de ser liberado pela mesma UPA. Em abril, outro homem de 37 anos faleceu 40 minutos após receber atendimento por dores nas costas e broncopneumonia. As circunstâncias de ambos os casos levantam questionamentos sobre a eficácia dos protocolos de triagem e a estrutura da unidade, que já havia sido criticada anteriormente pelo próprio falecido em entrevista à imprensa local.