As origens do antissemitismo remontam aos primórdios do judaísmo, marcado por perseguições, exílios e tragédias como o Holocausto, que vitimou mais de 6 milhões de judeus na década de 1940. Mesmo após a derrota do nazifascismo, a população judaica global ainda não recuperou seus números pré-guerra, e o trauma histórico moldou a geopolítica moderna, incluindo a criação de Israel e leis contra discriminação. No entanto, o ódio antissemita persiste, alimentado por radicalismos ideológicos e conflitos recentes, como o ataque do Hamas em 2023, que desencadeou uma onda de violência e intolerância em diversas partes do mundo.
Em meio a tensões geopolíticas, atos isolados de violência antissemita têm surgido, desde discriminação em universidades até ataques físicos, refletindo um ódio que transcende críticas políticas legítimas e atinge civis inocentes. A resposta militar israelense em Gaza, embora justificada pelo direito internacional, também tem sido alvo de críticas por sua severidade, gerando comoção global e debates sobre dignidade humana. No entanto, a instrumentalização dessas tragédias para justificar novos ataques contra judeus apenas perpetua um ciclo histórico de violência e desumanização.
O assassinato de dois jovens em Washington DC exemplifica como radicalismos políticos e religiosos continuam a custar vidas inocentes, sem contribuir para justiça ou paz. A intolerância, seja contra judeus ou palestinos, só prolonga um conflito secular, reforçando a necessidade de educação histórica e diálogo para romper essa espiral de ódio. Enquanto a justiça for buscada através da vingança, a humanidade seguirá falhando em construir um futuro mais equilibrado e respeitoso.