O carbonado do Sérgio, maior diamante negro já encontrado no mundo, foi descoberto há quase 130 anos na Chapada Diamantina, Bahia. A pedra, nomeada em homenagem ao garimpeiro que a encontrou, não o enriqueceu, mas rendeu-lhe dinheiro suficiente para viver por um ano após pagar impostos ao dono da mina e ao governo. Originalmente, a pedra foi fragmentada e vendida, mas uma réplica foi enviada ao Brasil pelo Museu de Gemologia de Paris em dezembro de 2024.
A origem do carbonado do Sérgio permanece desconhecida. Trata-se de uma massa de diamantes sem brilho, utilizada principalmente para perfuração e com valor comercial significativo. No entanto, a riqueza gerada pela extração de diamantes na região beneficiou principalmente os coronéis, que receberam as terras do governo e controlavam os lucros do garimpo, deixando os trabalhadores com poucos benefícios.
O relato de um guia turístico local ilustra as dificuldades enfrentadas pelos garimpeiros, que muitas vezes viam suas descobertas desvalorizadas por critérios subjetivos. A história do carbonado do Sérgio reflete não apenas a importância geológica da Chapada Diamantina, mas também as dinâmicas sociais e econômicas que moldaram a região durante o período de extração de diamantes.