Ao longo da história, diversos países emitiram cédulas com valores faciais exorbitantes, quase sempre em resposta a crises hiperinflacionárias. A Hungria detém o recorde com a nota de 1 bilhão de B.-Pengő, equivalente a 1 sextilhão de pengős (1 seguido de 21 zeros), emitida em 1946 durante o colapso econômico pós-Segunda Guerra Mundial. Apesar do valor nominal absurdo, a nota valia apenas cerca de 2 dólares e nem chegou a circular, sendo substituída pelo forint como parte de um plano de estabilização. Outros países, como Alemanha e Zimbábue, também emitiram notas com valores impressionantes, como os 100 trilhões de marcos alemães e os 100 trilhões de dólares zimbabuanos, refletindo períodos de crise econômica extrema.
No Brasil, a cédula de maior valor facial foi a de 1 conto de Réis (1 milhão de Réis), emitida entre 1907 e 1927. Na era moderna, destaca-se a nota de 500.000 cruzeiros, lançada em 1993 durante o auge da hiperinflação, antes da implementação do Plano Real. Essas emissões ilustram como a desvalorização monetária pode levar à necessidade de notas com valores cada vez mais altos, muitas vezes sem correspondência com o poder de compra real.
Atualmente, as cédulas com maior poder de compra em circulação são os 10.000 dólares de Singapura e os 10.000 ringgit de Brunei, equivalentes a cerca de R$ 45.000. Diferentemente das notas históricas, essas são emitidas em economias estáveis e representam alto valor real, sendo usadas para transações de grande montante. Esses exemplos mostram como o valor das cédulas pode refletir tanto crises econômicas quanto a robustez de um sistema monetário.