Em 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID), marcando um marco na luta pelos direitos LGBT. A decisão, celebrada anualmente como o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, foi resultado de décadas de mobilização contra a patologização da orientação sexual. Desde o século 19, a homossexualidade era tratada como doença, levando a práticas cruéis como eletrochoques e internações compulsórias, até que movimentos ativistas conseguiram reverter essa visão.
A mudança começou a ganhar força nos anos 1970, quando a Associação Americana de Psiquiatria (APA) excluiu a homossexualidade de seu manual de transtornos mentais. No Brasil, a pressão de grupos como o Grupo Gay da Bahia, com apoio de figuras públicas, levou à desclassificação em 1985. A decisão da OMS em 1990 consolidou esse avanço, reforçando a despatologização global. No entanto, práticas como as “terapias de conversão” ainda persistem, principalmente em espaços ligados a grupos religiosos, apesar de serem condenadas por órgãos profissionais.
A ministra dos Direitos Humanos destacou a importância da data como momento de reflexão e celebração das conquistas, mas também alertou para os desafios contínuos enfrentados pela comunidade LGBT, como discriminação e violência. Embora avanços significativos tenham sido alcançados, a luta por igualdade e respeito ainda não acabou, exigindo esforços contínuos para garantir direitos e inclusão.