Com o enfraquecimento do Hezbollah no Oriente Médio, a organização teria redirecionado esforços para a América Latina, enviando cerca de 400 comandantes para países como Brasil, Colômbia, Equador e Venezuela. Investigações recentes destacam a Tríplice Fronteira (entre Brasil, Paraguai e Argentina) como área crítica para o financiamento do grupo, com os EUA oferecendo recompensa de US$ 10 milhões por informações que interrompam suas operações. A perda de influência no Líbano, após confrontos com Israel, teria acelerado essa expansão, mesmo com a liderança do Hezbollah reafirmando a manutenção de suas armas.
No Brasil, preocupa a aliança entre facções locais e o grupo, com troca de proteção por armamento. Casos como o avião retido na Argentina, com suspeitos de ligações ao narcotráfico e espionagem, reforçam temores de que o financiamento possa evoluir para ações militares. Especialistas alertam para a estrutura já existente do Hezbollah na região, aproveitando-se de redes criminosas e da economia dolarizada em países como o Equador.
O histórico de ataques na Argentina, como os atentados à Embaixada de Israel em 1992 e à AMIA em 1994, amplia a urgência por cooperação regional para monitorar atividades terroristas. Analistas destacam riscos como aumento da violência cartelizada, desinformação eleitoral e influência em ações multilaterais, exigindo atenção redobrada dos governos latino-americanos.