A Universidade de Harvard foi proibida de matricular novos estudantes estrangeiros após perder a certificação no Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio (SEVP), essencial para a concessão de vistos. O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos anunciou a medida, alegando que a instituição abriga um ambiente inseguro para estudantes judeus e colabora com o Partido Comunista Chinês, sem apresentar provas. Com a revogação, cerca de 6.800 alunos estrangeiros — 27% do corpo discente — podem perder seu status migratório se não se transferirem para outras universidades.
O conflito entre Harvard e o governo federal se intensificou após a universidade recusar exigências feitas em abril de 2025, como o fim de programas de diversidade e a entrega de registros sobre atos violentos envolvendo estudantes internacionais. A instituição afirmou que não abriria mão de sua independência, mas repassou parte das informações solicitadas. Além da suspensão do SEVP, o governo congelou mais de US$ 2,2 bilhões em repasses à universidade, ameaçando também seu status de isenção fiscal.
A direção de Harvard classificou a decisão como injusta e afirmou que trabalhará para restabelecer a permissão de receber estudantes estrangeiros, considerados vitais para a comunidade acadêmica. A universidade flexibilizou suas regras para permitir que alunos aceitem vagas em instituições fora dos EUA e ofereceu apoio jurídico aos afetados. A medida gerou protestos no campus, com estudantes internacionais temendo deportação ou interrupção de seus estudos.