A Universidade de Harvard, uma das mais renomadas do mundo, está em meio a uma crise significativa após o governo dos Estados Unidos revogar sua certificação para matricular estudantes internacionais. A decisão, anunciada pelo Departamento de Segurança Interna, impede a instituição de aceitar novos alunos com vistos F-1 e J-1 a partir do próximo ano letivo e obriga os atuais estudantes estrangeiros — que representam 27% do corpo discente — a buscar transferência para outras universidades certificadas. A medida também congela bilhões em verbas federais, agravando tensões políticas e acadêmicas.
O impacto vai além da comunidade estudantil, afetando diretamente a pesquisa científica e a inovação nos EUA. Harvard é líder em projetos de ponta, como inteligência artificial e biomedicina, muitos dos quais dependem de pesquisadores estrangeiros. A saída forçada desses acadêmicos pode paralisar laboratórios e prejudicar a competitividade global do país. Além disso, a universidade enfrenta consequências financeiras, já que estudantes internacionais, que frequentemente pagam mensalidades integrais, são essenciais para sua sustentabilidade.
A reação da comunidade acadêmica foi imediata, com Harvard classificando a decisão como “ilegal e arbitrária” e iniciando ações judiciais para revertê-la. Organizações educacionais e especialistas alertam para os danos à diplomacia acadêmica e ao soft power dos EUA. Enquanto isso, estudantes vivem em incerteza, mobilizando-se por apoio jurídico e político. O caso também gera apreensão em outras universidades de elite, que temem medidas semelhantes no futuro.