O grupo que controla a Faixa de Gaza enviou uma resposta formal à proposta de trégua apresentada pelos Estados Unidos, mas o enviado americano para o Oriente Médio classificou a posição como “inaceitável”, acusando-a de atrasar as negociações. O primeiro-ministro de Israel também criticou a postura, afirmando que o grupo mantém uma rejeição ao diálogo. Segundo fontes próximas ao processo, a resposta escrita apresentou condições, incluindo um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas israelenses do território.
A proposta em discussão prevê uma trégua de 60 dias, prorrogável por mais dez, com a libertação gradual de reféns em troca de prisioneiros palestinos. O grupo afirmou estar disposto a libertar dez reféns vivos e entregar os corpos de 18 vítimas, mas autoridades israelenses destacam que 57 pessoas ainda estão em cativeiro, com pelo menos 34 supostamente mortas. Desde o início do conflito, mais de 54 mil palestinos morreram, segundo dados locais considerados confiáveis pela ONU.
Enquanto isso, a crise humanitária na região se intensifica, com a ONU alertando que toda a população de Gaza enfrenta risco de fome extrema. O governo israelense ainda não confirmou publicamente sua aceitação à proposta americana, e os combates continuam, com o exército afirmando ter interceptado projéteis lançados do território. O objetivo declarado das operações militares segue sendo o controle total da Faixa de Gaza e a libertação dos reféns restantes.