O guitarrista do Radiohead e um músico israelense anunciaram o cancelamento de dois shows no Reino Unido devido a ameaças consideradas críveis. Os artistas afirmaram que os organizadores receberam intimidações suficientes para concluir que não seria seguro realizar as apresentações em Londres e Bristol. Em uma carta publicada nas redes sociais, eles denunciaram a censura e destacaram que a pressão sobre casas de espetáculos não contribui para a paz no Oriente Médio, defendendo a liberdade de expressão independentemente de nacionalidade ou religião.
Um grupo pró-palestino, que havia convocado o boicote aos shows, comemorou a decisão. A organização, ligada ao movimento BDS, acusou os músicos de serem cúmplices de violações em Gaza e criticou apresentações anteriores em Israel. O caso reacendeu o debate sobre o papel de artistas em conflitos políticos, com o grupo defendendo que casas de show se recusem a receber tais eventos.
Este não é o primeiro incidente envolvendo membros do Radiohead e críticas relacionadas ao conflito israelense-palestino. Em outubro, o vocalista da banda foi confrontado durante um show na Austrália por um espectador que o questionou sobre Gaza. Em 2017, a banda já havia rejeitado pedidos de boicote a um show em Israel, classificando-os como um “desperdício de energia”. O episódio ilustra as tensões entre arte e política em meio a crises internacionais.