O Brasil registrou seu primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial, localizada em Montenegro (RS), o que levou países como China, União Europeia, Argentina, Uruguai e Chile a suspenderem as importações de frango brasileiro. O Ministério da Agricultura reforçou que não há risco para o consumo humano de carne ou ovos, destacando que a preocupação é a contaminação de plantéis comerciais. O Brasil, maior exportador e terceiro maior produtor de frango do mundo, segue protocolos sanitários que exigem a suspensão automática das vendas quando há detecção de doenças, medida já prevista em acordos internacionais.
Os bloqueios variam conforme os acordos regionais: alguns países suspendem apenas produtos do local afetado, enquanto outros restringem importações de todo o estado ou país. O secretário-adjunto do Ministério da Agricultura explicou que, após 28 dias sem novos focos e com a desinfecção da granja, o Brasil pode se autodeclarar livre da doença e negociar a reabertura dos mercados. O caso em Montenegro é inédito, já que infecções anteriores ocorreram apenas em aves silvestres ou criações de subsistência.
O vírus H5N1, que circula desde 2006, chegou ao Brasil há dois anos por meio de aves migratórias. O governo federal revisou protocolos sanitários para conter a disseminação, mas a confirmação em uma granja comercial acendeu alertas. Enquanto isso, os EUA, que enfrentaram surtos recentes, aumentaram as compras de ovos do Brasil. O país agora aguarda respostas dos importadores sobre as próximas medidas, mantendo o foco na preservação da credibilidade internacional do setor avícola.