Professores da rede municipal de Salvador decidiram manter a greve após rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 6,27% oferecida pela prefeitura. A categoria, em assembleia realizada nesta quinta-feira (15), reforçou a exigência pelo pagamento do piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77 pelo MEC, alegando que o valor atual pago pela gestão municipal, de pouco mais de R$ 3.070, está defasado há mais de dez anos. A paralisação, que já afeta mais de 131 mil alunos, continuará até uma nova assembleia, marcada para terça-feira (20).
A prefeitura afirmou estar aberta ao diálogo e destacou investimentos em infraestrutura e formação docente nos últimos anos. No entanto, os professores ressaltam que, além do reajuste salarial, buscam melhores condições de trabalho e mais concursos públicos. A greve persiste mesmo após uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinar o retorno imediato às aulas.
Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) informou que nem todas as escolas aderiram à greve, com algumas mantendo atividades parciais ou normais. A categoria segue mobilizada, pressionando por avanços nas negociações, enquanto a prefeitura reitera seu compromisso com a educação, sem novas propostas apresentadas até o momento.