Gravações obtidas pela Polícia Federal revelam que um plano para executar um golpe de Estado, incluindo a possibilidade de assassinato de autoridades, permaneceu ativo até 28 de dezembro de 2022, dias antes da posse do presidente eleito. Os áudios mostram que agentes públicos discutiam ações violentas e expressavam frustração com a desistência de figuras-chave do governo anterior. Entre os detalhes, há menções a uma equipe formada para prender ministros e até mesmo eliminar pessoas, além de críticas ao recuo de autoridades que supostamente apoiariam o movimento.
O material reforça investigações anteriores da PF, que já apontavam a participação de agentes de diversas forças e diálogos com integrantes do governo passado. Embora o impacto processual seja considerado limitado, as gravações têm peso político significativo, especialmente diante de esforços para arquivar processos relacionados ao caso. O conteúdo também contradiz narrativas que minimizavam a gravidade do plano, expondo a violência discutida por parte dos envolvidos.
O caso ganha ainda mais relevância devido às conexões com figuras públicas, incluindo um deputado frequentemente citado como parte do núcleo que articulava os detalhes da trama. As conversas, algumas ocorridas em órgãos oficiais, sugerem que o plano era mais concreto do que se admitia publicamente. As revelações aumentam a pressão sobre autoridades que tentam abrandar as investigações, enquanto o Judiciário avalia as implicações dessas novas provas.