O governo do Rio Grande do Sul anunciou a conclusão da limpeza e desinfecção da granja em Montenegro, onde foi identificado um foco de gripe aviária. O processo, supervisionado pelo Serviço Veterinário Oficial do estado, marca o início de um vazio sanitário de 28 dias, período necessário para garantir a eliminação do vírus H5N1 no local. O governador Eduardo Leite reforçou o compromisso com a defesa sanitária do estado, enquanto o Ministério da Agricultura destacou que o procedimento segue protocolos internacionais.
Com o término do prazo sem novos casos, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença em granjas comerciais, o que permitirá a retomada das exportações de frango. Países como China e União Europeia suspenderam temporariamente as importações após o registro do caso em Montenegro. O ministério ressaltou, no entanto, que não há riscos no consumo de carne de aves ou ovos, e que o país nunca registrou casos humanos da gripe aviária.
Autoridades brasileiras descartaram três suspeitas recentes da doença, mas seguem investigando outros quatro possíveis focos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, após os 28 dias, os mercados internacionais devem reduzir as restrições gradualmente, limitando-as inicialmente ao Rio Grande do Sul ou apenas à região de Montenegro. O processo busca restaurar a confiança e normalizar o comércio exterior do setor avícola.