O partido governista da Venezuela obteve 82,6% dos votos nas eleições parlamentares e venceu em 23 das 24 governadorias em disputa. O pleito, realizado no domingo (25.mai.2025), registrou participação de apenas 42,6% do eleitorado, segundo dados oficiais. A oposição, que havia convocado um boicote após uma onda repressiva incluindo prisões de adversários políticos, obteve cerca de 14% dos votos, divididos entre diferentes grupos que decidiram participar do processo.
O processo eleitoral incluiu a controversa incorporação da região do Essequibo, território controlado pela Guiana, como entidade federal venezuelana. Autoridades locais, como o presidente do Conselho Nacional Eleitoral, afirmaram que as eleições transcorreram com normalidade e destacaram o “poder do chavismo”. Já representantes da oposição, que não participaram oficialmente do pleito, alegaram que a baixa adesão refletiu uma rejeição ao governo.
Enquanto o governo celebrou os resultados como uma vitória pela “paz e prosperidade”, críticos internacionais, incluindo os Estados Unidos, rejeitaram a legitimidade do processo, especialmente em relação ao Essequibo. O presidente venezuelano adiou para 2026 a proposta de reforma constitucional, que buscava consolidar modelos organizativos comunais. O cenário político permanece polarizado, com divergências sobre o significado da abstenção e dos resultados oficiais.