O governo dos Estados Unidos anunciou a revogação da autorização da Universidade de Harvard para matricular novos estudantes estrangeiros, com efeito imediato. A decisão, justificada pelo não cumprimento de exigências legais, afeta mais de 6.700 alunos internacionais, representando cerca de 27% do corpo discente. Segundo as autoridades, a instituição teria falhado em fornecer registros detalhados sobre o envolvimento de estudantes em atividades consideradas ilegais ou violentas nos últimos anos.
A medida obriga os estudantes já matriculados a se transferirem para outras instituições ou perderem seus vistos. Além disso, Harvard terá 72 horas para entregar documentos e gravações de protestos no campus desde 2019, caso queira reverter a decisão. A universidade classificou a ação como ilegal e reafirmou seu compromisso com a diversidade e a liberdade institucional, recusando-se a ceder à pressão governamental.
A revogação ocorre em meio a tensões entre o governo e instituições acadêmicas acusadas de não combater supostos discursos discriminatórios e atos violentos. Anteriormente, Harvard já havia sofrido cortes em financiamento federal por alegações similares. A universidade se destaca como uma das poucas a resistir publicamente às exigências, enquanto outras, como a Universidade de Columbia, optaram por adotar reformas para evitar sanções.