A equipe econômica revogou o aumento do IOF sobre investimentos de fundos brasileiros no exterior e remessas para investimentos, poucas horas após o anúncio, devido à forte reação negativa do mercado. A medida, que fazia parte de um pacote para aumentar a arrecadação, foi criticada por criar a percepção de que o governo poderia controlar a saída de capitais, gerando incertezas sobre o câmbio e os juros. O ministro da Fazenda afirmou que a decisão foi revisada para evitar especulações e garantiu que não houve interferência política, destacando que o impacto fiscal seria mínimo, menos de R$ 2 bilhões dos R$ 20 bilhões previstos.
Text: O anúncio inicial do aumento do IOF foi marcado por desencontros, com vazamentos antes da divulgação oficial e irritação por parte do ministro da Fazenda. Após o fechamento do mercado, a equipe econômica explicou as mudanças, mas a medida sobre investimentos no exterior foi mal recebida, levando a alertas sobre riscos para a confiança dos investidores. Em reuniões de emergência, o governo decidiu revogar as alterações mais polêmicas, anunciando a decisão já no final da noite.
Text: Economistas avaliaram o recuo como necessário, pois a medida poderia passar uma imagem de fechamento da economia, prejudicando a atração de investimentos externos. O presidente do Banco Central elogiou a pronta revisão da decisão, embora tenha criticado o uso do IOF como ferramenta fiscal. O episódio destacou os desafios do governo em equilibrar arrecadação e credibilidade, sem afetar a confiança do mercado.