O governo revogou parcialmente o decreto que elevava e padronizava as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cerca de seis horas após sua publicação. As aplicações de fundos nacionais no exterior permanecerão isentas, e as remessas de pessoas físicas para investimentos no exterior continuarão com alíquota de 1,1% por operação. O Ministério da Fazenda justificou a decisão como um “ajuste na medida”, tomado após diálogo e avaliação técnica, mantendo o equilíbrio e corrigindo rumos quando necessário.
Originalmente, a medida visava arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, com aumento de alíquotas em diversos setores, incluindo crédito para empresas. No entanto, a reação negativa do mercado financeiro, somada à queda da bolsa e à alta do dólar, levou a uma reunião de emergência no Palácio do Planalto. O ministro da Fazenda não participou do encontro, pois havia viajado para São Paulo após anunciar o congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025.
A incerteza sobre as mudanças no IOF impactou os mercados: o dólar comercial subiu para R$ 5,66, e a bolsa, que havia fechado em alta, reverteu para queda de 0,44%. O governo não informou se publicará uma edição extraordinária do Diário Oficial nem o impacto financeiro da reversão parcial do decreto.