O governo anunciou um aumento na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para transações realizadas no exterior por meio de cartões de crédito, débito internacional, cartões pré-pagos e cheques de viagem. A alíquota subiu de 3,38% para 3,5%, afetando também quem compra moeda estrangeira em contas internacionais, cuja taxa passou de 1,1% para 3,5%. A medida visa ajudar no fechamento das contas públicas em 2025, mas representa uma mudança em relação à política econômica anterior.
A decisão contraria um plano anterior que buscava eliminar gradualmente o IOF sobre transações internacionais até 2029, como parte dos esforços para ingressar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Conhecida como “clube dos ricos”, a OCDE recomenda a não cobrança desse imposto, e o governo passado havia sinalizado adesão a essa diretriz para fortalecer a candidatura do Brasil à organização.
O pedido de participação na OCDE foi inicialmente feito durante o governo do ex-presidente Michel Temer e reforçado posteriormente. O aumento do IOF, no entanto, indica uma mudança de prioridades, focando no ajuste fiscal imediato em vez da integração a organismos internacionais. A medida deve impactar consumidores que realizam compras ou transações no exterior, elevando seus custos.