O governo recuou da medida que elevava para 3,5% a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em transferências destinadas a investimentos no exterior. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 23, restabelecendo a alíquota zero prevista no decreto original de 2007. A mudança ocorre poucas horas após o anúncio da taxação, que havia sido divulgado pelo Ministério da Fazenda na tarde de quinta-feira, 22.
O recuo foi decidido após consultas ao Banco Central e ao Palácio do Planalto, conforme apurou o Estadão/Broadcast. Fontes indicam que o impacto financeiro da reversão será inferior a 10% do valor inicialmente projetado, que era de R$ 20,5 bilhões em arrecadação para 2025. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se pronunciar sobre o assunto em São Paulo nesta sexta-feira.
A medida reflete a sensibilidade do governo em relação aos efeitos da taxação sobre o mercado financeiro e os investimentos externos. A rápida reversão sugere ajustes na estratégia econômica, embora o governo não tenha detalhado os motivos específicos para a mudança. A situação ainda pode evoluir com novos comunicados oficiais nas próximas horas.