O governo federal anunciou uma reformulação nas regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com expectativa de arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Entre as principais mudanças estão o aumento da tributação para operações de crédito pessoa jurídica, que passou de 1,88% para 3,95% ao ano, e a inclusão de novas categorias, como transferências para contas no exterior e aplicações em fundos internacionais, agora taxadas em 3,5%. Além disso, cooperativas de crédito com operações acima de R$ 100 milhões por ano passarão a ser tributadas como empresas convencionais.
Algumas operações mantiveram isenções, como exportações, fundos constitucionais e programas habitacionais. Outras, como cartões internacionais e remessas para o exterior, tiveram reduções ou ajustes nas alíquotas. O anúncio foi acompanhado por um congelamento de R$ 31,3 bilhões no Orçamento de 2025, medida que impactou temporariamente o mercado financeiro, com queda do dólar e oscilações nos juros futuros e na Bolsa de Valores.
As alterações visam aumentar a arrecadação e modernizar a tributação sobre operações financeiras, equilibrando incentivos fiscais com a necessidade de reforçar as receitas públicas. O governo destacou que as mudanças preservam benefícios para setores estratégicos, como agricultura e pequenas empresas, enquanto ampliam a base de contribuição em operações de maior volume ou internacionalizadas.