A evolução dos modelos de IA para geração de vídeos atingiu um novo patamar, com o Veo 3, da Google, produzindo conteúdos assustadoramente realistas. O chamado “teste do espaguete”, inspirado em vídeos virais de Will Smith comendo macarrão há dois anos, serve como parâmetro para avaliar o realismo dessas ferramentas. Embora ainda apresente falhas sutis, como movimentos estranhos em personagens secundários, o modelo já supera as versões anteriores, minimizando alucinações visuais e entregando clipes curtos de até 8 segundos que desafiam a percepção humana.
A tecnologia, no entanto, não é acessível a todos: o plano AI Ultra, que custa US$ 249,99 mensais, restringe seu uso. Enquanto isso, vídeos gerados por IA começam a invadir plataformas como TikTok e YouTube, levantando preocupações sobre o impacto dessa onda na internet. Especialistas temem que a web seja inundada por conteúdo artificial, dificultando a distinção entre o real e o falso, especialmente em um ambiente dominado por rolagens rápidas e consumo superficial.
Apesar dos avanços, a IA ainda não consegue replicar a profundidade de um bom ator ou a autenticidade de conteúdos virais orgânicos. Contudo, sua capacidade de criar falsificações convincentes em anúncios, clipes e montagens abre espaço para usos maliciosos, como deepfakes incriminatórios. O debate sobre os limites éticos e o futuro da autenticidade digital ganha força à medida que a linha entre o humano e o artificial se desfaz.