O Google planeja lançar na próxima semana seu chatbot de inteligência artificial, Gemini, para crianças menores de 13 anos que possuam contas gerenciadas pelos pais através do serviço Family Link. O objetivo é permitir que os jovens usuários façam perguntas, obtenham ajuda em tarefas escolares e criem histórias, com medidas de proteção específicas para evitar conteúdos inadequados. A empresa afirmou que não usará dados das crianças para treinar seus modelos de IA e que os pais poderão gerenciar as configurações do chatbot, incluindo desativar o acesso.
A iniciativa surge em meio a uma crescente competição entre empresas de tecnologia para atrair usuários jovens com ferramentas de IA generativa, apesar dos alertas de organizações como o Unicef sobre riscos como desinformação e manipulação. O Google reconheceu possíveis falhas do Gemini e recomendou que os pais orientem seus filhos a pensar criticamente sobre as respostas do chatbot, além de evitar o compartilhamento de informações pessoais. Autoridades e defensores dos direitos das crianças já expressaram preocupações anteriores sobre produtos digitais voltados para esse público.
O lançamento do Gemini para crianças segue tendências anteriores de adaptação de plataformas para jovens, como o YouTube Kids, mas também reflete desafios regulatórios enfrentados por grandes empresas de tecnologia. O Google garantiu que sua abordagem está em conformidade com a lei federal de privacidade online infantil, que exige consentimento parental para coleta de dados. Enquanto escolas e famílias navegam pelos impactos da IA na educação, o debate sobre equilíbrio entre inovação e proteção infantil continua aberto.