A companhia aérea Gol reportou um prejuízo líquido de R$ 440 milhões no mês de abril, conforme documento enviado ao tribunal de recuperação judicial nos Estados Unidos. Apesar do resultado negativo, a empresa apresentou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo de R$ 368 milhões, com margem de 22%. A receita líquida no período somou R$ 1,7 bilhão, indicando certa resiliência operacional em meio ao processo de reestruturação.
A Gol encerrou o mês com um caixa total de R$ 2 bilhões, enquanto sua dívida líquida, incluindo empréstimos, arrendamentos e financiamentos, chegou a R$ 30,9 bilhões. Os dados fazem parte do relatório operacional mensal exigido pelo tribunal de falências dos EUA, onde a empresa busca renegociar suas obrigações financeiras. O desempenho reflete os desafios enfrentados pela companhia, que ainda tenta equilibrar suas contas após entrar em recuperação judicial.
O relatório também destaca o contexto volátil do mercado, que tem impactado as estratégias da Gol, como o adiamento de prazos para captação de recursos. Enquanto isso, a empresa continua buscando alternativas para fortalecer seu capital, incluindo a proposta de aumento de capital de até R$ 19,25 bilhões. O cenário permanece desafiador, mas os indicadores operacionais sugerem esforços para estabilizar as operações a médio prazo.