A dívida global atingiu um novo recorde nos primeiros três meses de 2024, ultrapassando US$ 324 trilhões, segundo dados divulgados pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF). O aumento de US$ 7,5 trilhões no período foi impulsionado principalmente por China, França e Alemanha, enquanto países como Canadá, Emirados Árabes Unidos e Turquia registraram redução em seus níveis de endividamento. A desvalorização do dólar contribuiu para o crescimento nominal, mas o salto do primeiro trimestre foi quatro vezes maior que a média trimestral observada desde o final de 2022.
Embora o índice global de dívida em relação ao PIB tenha continuado a cair lentamente, ficando pouco acima de 325%, os mercados emergentes viram seu indicador alcançar um pico histórico de 245%. Nesses países, a dívida total subiu mais de US$ 3,5 trilhões, chegando a US$ 106 trilhões. A China foi responsável por mais de US$ 2 trilhões desse aumento, com sua dívida pública em relação ao PIB chegando a 93% e projetada para atingir 100% até o final do ano.
O relatório do IIF destaca a aceleração do endividamento global, mas sem apontar causas específicas ou responsáveis individuais. A análise mantém um tom imparcial, focando em tendências macroeconômicas e evitando especulações sobre impactos políticos ou sociais. Os dados reforçam a necessidade de monitoramento contínuo, especialmente em economias emergentes, onde os níveis de dívida seguem em trajetória ascendente.