Uma mancha escura de grandes proporções apareceu no mar da Barra da Tijuca, próximo à Praia do Pepê, levantando questões sobre sua origem e impactos ambientais. O presidente da Câmara Municipal do Rio anunciou a convocação de uma audiência pública para discutir o fenômeno, que pode estar relacionado a problemas na rede de esgoto, falhas ambientais ou processos naturais das lagoas da região. Imagens feitas na quarta-feira (14) mostraram água escura saindo do Canal da Joatinga e se espalhando por quilômetros na orla.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) coletou amostras da água e detectou uma concentração de matéria orgânica acima do permitido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Por isso, três pontos da orla foram considerados impróprios para banho, enquanto o restante das zonas Sul e Oeste do Rio permaneceu liberado. Técnicos do Inea sugerem que o fenômeno pode ser resultado da variação da maré, mas investigações continuam para confirmar se há riscos à saúde dos banhistas.
A concessionária Iguá informou que está investigando a causa da mancha e destacou que já iniciou a dragagem do complexo lagunar da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, com previsão de conclusão em 2027. Enquanto isso, a presença da água escura afastou banhistas da região, reforçando a necessidade de respostas rápidas e medidas para garantir a segurança ambiental e a qualidade das praias.