Pesquisadores japoneses da Universidade de Nagasaki descobriram detalhes fascinantes sobre a barata gigante aquática (Lethocerus indicus), um inseto muitas vezes temido, mas que não tem relação direta com as baratas domésticas. Com até 12 centímetros de comprimento, essas criaturas são caçadoras eficientes, usando patas dianteiras fortes para agarrar presas e traseiras adaptadas para natação. Sua dieta inclui desde peixes e sapos até patos e cobras, e, embora sua mordida seja dolorosa para humanos, seu veneno não é letal.
Além de sua anatomia impressionante, as baratas gigantes aquáticas têm um comportamento reprodutivo peculiar: em algumas espécies, os machos carregam os ovos nas costas até a eclosão, garantindo proteção contra predadores. Algumas subespécies adultas também são capazes de voar, atraídas por luzes artificiais. Culturalmente, esses insetos são consumidos como iguaria em países como Tailândia e Vietnã, onde são fritos e vendidos em feiras.
Ecologicamente, essas baratas desempenham um papel vital no controle de populações de pequenos animais aquáticos, ajudando a manter o equilíbrio dos ecossistemas. Sua diminuição populacional pode indicar problemas ambientais, como poluição ou espécies invasoras. Segundo o pesquisador Shin-ya Ohba, proteger esses insetos é crucial para a conservação de habitats inteiros, destacando sua importância além da aparência intimidadora.