O recente rally do Ibovespa, que ultrapassou os 140 mil pontos e atingiu uma nova máxima histórica, chamou a atenção dos investidores. Segundo a Genoa Capital, essa mudança de humor em relação ao Brasil não foi surpreendente. Em entrevista ao programa Stock Pickers, os gestores da casa explicaram que já vinham ajustando suas posições para capturar esse movimento, destacando fatores como o dólar fraco, a revisão positiva sobre os emergentes e a mudança de postura de grandes bancos globais em relação ao país.
A Genoa aponta que uma combinação de juros em declínio, ativos baratos e sinais de melhora fiscal está tornando o Brasil um destino atraente para o capital internacional. Enquanto isso, os Estados Unidos, com seu mercado saturado e representatividade próxima a 70% nos índices globais, enfrentam limitações para ganhos adicionais. “Todo mundo está comprado lá fora. O fluxo começa a sair um pouco e buscar alternativas”, observou um dos gestores, destacando que o Brasil voltou a aparecer no radar de investidores em busca de oportunidades menos precificadas.
Com projeções modestas de crescimento para os EUA, entre 0,5% e 1%, a Genoa reforça que está mais otimista com o mercado brasileiro do que com os exteriores. A gestora vem realizando uma mudança gradual, porém decisiva, em sua carteira, refletindo essa confiança no potencial local. O cenário global, marcado por busca de diversificação, parece estar favorecendo uma reaproximação com o Brasil.