A Genoa Capital está reorientando seu portfólio diante da crescente volatilidade global, combinando estratégias defensivas no exterior com maior exposição à Bolsa brasileira. Nos EUA, a gestora reduziu posições em empresas sensíveis ao PIB local e priorizou nomes resilientes, como a Microsoft, vista como um “ETF do setor de tecnologia” devido à sua diversificação, receitas recorrentes e liderança em inteligência artificial. Além disso, o Russell 2000, índice de small caps americanas, tem servido como hedge contra eventuais perdas em outros mercados, como o Brasil.
No cenário doméstico, a Genoa aumentou sua alocação para 60% do portfólio, impulsionada pela volta do capital estrangeiro e por valuations considerados atrativos. Os gestores destacam que, apesar dos ruídos fiscais e das incertezas eleitorais em 2026, o ambiente para a renda variável no Brasil melhorou, com estrangeiros focando em setores como bancos, energia e varejo. A confiança também é reforçada pela percepção de que os juros no país estão próximos do pico, reduzindo riscos para os investimentos.
A gestora mantém uma abordagem disciplinada, ajustando o tamanho das posições e os hedges conforme o cenário evolui, sem abandonar seu core de investimentos em empresas líderes e com forte geração de caixa. Enquanto o mercado global exige cautela, o Brasil emerge como uma aposta estratégica, equilibrando oportunidades locais com a proteção oferecida por ativos internacionais resilientes.