Durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), um general foi advertido pelo ministro Alexandre de Moraes por inconsistências em seu depoimento. O magistrado questionou se o militar havia omitido ou alterado informações sobre uma reunião na qual um alto oficial da Marinha teria se colocado à disposição do então presidente. O general negou qualquer falsidade e afirmou que, em seus 50 anos de carreira, jamais mentiria, esclarecendo que a declaração do almirante não deveria ser interpretada por ele.
O militar também negou ter ameaçado prender o ex-presidente durante uma reunião em que foi apresentado um estudo sobre medidas excepcionais, como um estado de sítio. Ele afirmou ter alertado sobre as consequências jurídicas de ações fora do âmbito legal. O general reforçou que não houve qualquer tentativa de prisão, contrariando relatos anteriores.
A audiência foi marcada por momentos de tensão, especialmente quando o ministro repreendeu um advogado por repetir perguntas, acusando-o de tentar influenciar as testemunhas. Moraes destacou que o tribunal não era espaço para “circo”, encerrando o questionamento. O caso segue em investigação, com o STF analisando as alegações de suposta tentativa de golpe.