Durante audiência realizada por videoconferência nesta sexta-feira (23), um coronel do Exército, único a depor como testemunha de defesa de um ex-ministro, afirmou que ambos estavam jogando vôlei na praia de Copacabana no dia 8 de janeiro de 2023, quando ocorreram os atos de depredação em Brasília. O militar descreveu a reação do ex-ministro como de surpresa, destacando que ninguém esperava que uma manifestação inicialmente pacífica terminasse em violência. O relato foi ouvido no âmbito de uma ação penal que investiga uma suposta trama golpista durante o governo anterior.
O coronel também foi questionado pelo relator do caso sobre publicações em redes sociais que defendiam a atuação das Forças Armadas como “Poder Moderador”, com base no artigo 142 da Constituição. Ele respondeu que evitava discutir política com o ex-ministro para preservar o relacionamento pessoal. Além dele, outro depoente foi ouvido: um delegado que testemunhou em favor de um ex-diretor de agência de inteligência, hoje deputado federal.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando a ação penal, que envolve réus acusados de participar do suposto plano golpista. As audiências continuam sob sigilo de gravações, com jornalistas acompanhando apenas por transmissão autorizada. Os depoimentos devem seguir com testemunhas de defesa de outros réus, incluindo um ex-ministro e um ex-comandante da Marinha.