Os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G7 reforçaram o compromisso de enfrentar os desequilíbrios excessivos na economia global, em um recado indireto à China. Embora o país não seja citado nominalmente no rascunho do comunicado, as autoridades destacaram a necessidade de combater políticas que minam a segurança econômica, como práticas não baseadas em mercado. O texto também enfatiza a importância de condições equitativas de concorrência e de uma abordagem coordenada para lidar com atores que não seguem as mesmas regras ou carecem de transparência.
O documento preliminar aborda ainda preocupações com a concentração de mercado e a resiliência das cadeias de suprimentos globais. Um ponto específico mencionado é o aumento de remessas internacionais de baixo valor, muitas vezes associadas a varejistas chinesas, que podem sobrecarregar sistemas alfandegários e facilitar o contrabando de itens ilícitos. Apesar dessas críticas, o comunicado evita aprofundar tensões internas do G7, como as divergências sobre as tarifas comerciais implementadas durante o governo Trump, optando por uma linguagem mais conciliatória.
O texto também reconhece que a incerteza na política econômica diminuiu em relação a momentos anteriores, mas ressalta a necessidade de cooperação contínua para garantir crescimento estável. As reuniões em Banff, no Canadá, serviram para alinhar posições entre os membros do grupo, que incluem EUA, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão. O comunicado final busca equilibrar críticas a práticas comerciais desleais com um tom diplomático, evitando confrontos diretos.