Os índices futuros dos EUA registraram alta nesta sexta-feira (23), mas caminham para a pior semana em mais de um mês, refletindo o desgaste da recuperação recente do mercado diante das preocupações com o déficit fiscal e a dívida do país. O rebaixamento da nota de crédito soberano dos Estados Unidos pela Moody’s, há uma semana, intensificou os temores dos investidores, pressionando os principais índices de Wall Street: S&P 500, Dow Jones e Nasdaq acumulam quedas entre 1,5% e 2% nesta semana. O mercado de títulos também reagiu, com rendimentos de longo prazo subindo, sinalizando apreensão com os custos de financiamento e as incertezas tarifárias.
Na Ásia-Pacífico, os mercados fecharam sem tendência única após EUA e China reforçarem a comunicação bilateral, enquanto dados econômicos locais, como a inflação do Japão e o PPI da Coreia do Sul, influenciaram os movimentos. Na Europa, os índices avançaram, impulsionados por indicadores positivos do varejo no Reino Unido e da confiança do consumidor na França. Enquanto isso, as commodities enfrentaram pressão, com o petróleo caindo devido ao dólar forte e possíveis aumentos de produção da OPEP+, e o minério de ferro registrando quedas na China por conta da demanda fraca por aço.
O Bitcoin teve leve recuo, cotado a US$ 71.020,23, enquanto os investidores se preparavam para o feriado do Memorial Day nos EUA, que fechará os mercados na segunda-feira. O cenário global segue marcado por incertezas fiscais, oscilações nos rendimentos e expectativas sobre políticas monetárias, mantendo os agentes financeiros em alerta para os próximos movimentos.