Durante a invasão russa à Ucrânia em 2022, funcionários da usina nuclear de Chernobyl foram mantidos no local por 25 dias, sob condições extremas. Sem itens básicos como escovas de dente e dormindo em bancos, os trabalhadores relataram pressão psicológica intensa, incerteza sobre o futuro e o medo de não rever suas famílias. A região, já marcada pelo pior acidente nuclear da história em 1986, foi ocupada pelas tropas russas, que só foram expulsas após 35 dias.
Após dois anos de relativa calma, a usina voltou a ser alvo de ataques, desta vez por um drone de fabricação iraniana, que abriu uma cratera de 15 metros na cobertura protetora do reator 4. A estrutura, projetada para durar um século, não foi totalmente perfurada, e os níveis de radiação permanecem estáveis. Engenheiros avaliam os danos causados pelo impacto e por um incêndio subsequente para planejar os reparos necessários.
A área em torno de Chernobyl, agora repleta de acampamentos militares ucranianos, segue sob vigilância rigorosa para evitar novas invasões. A equipe de manutenção, composta por cerca de 2.500 pessoas, continua trabalhando no local, mesmo com os reatores desativados. A região, que já carregava um legado trágico, enfrenta novos desafios em meio ao conflito, reforçando sua vulnerabilidade e importância estratégica.