Quatorze anos após o terremoto e tsunami que devastaram Fukushima, a região ainda enfrenta os impactos do desastre nuclear. Muitos moradores não puderam retornar às suas casas, e áreas próximas à usina permanecem isoladas devido aos altos níveis de radiação, que continuam sendo monitorados. A descontaminação completa pode levar décadas, enquanto a empresa responsável pela usina, TEPCO, lida com o armazenamento e tratamento de água radioativa — parte dela liberada no oceano sob controvérsia internacional.
O Japão investiu em medidas preventivas, como uma muralha costeira de mais de 400 km para conter futuros tsunamis, e reduziu sua dependência de energia nuclear após o acidente. No entanto, com a crescente demanda por eletricidade, o país planeja retomar parte dessa matriz energética até 2040, reflexo de uma tendência global que até mesmo ambientalistas passaram a apoiar devido à baixa emissão de gases poluentes.
Enquanto isso, comunidades locais buscam reconstruir suas vidas. Histórias como a de uma moradora que reabriu um restaurante simbolizam esperança, mas também lembram os desafios persistentes. O legado de Fukushima serve como alerta para o mundo, equilibrando progresso tecnológico com segurança e memória coletiva.